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segunda-feira, 16 de maio de 2011

LÍNGUA TUPI



Quanta sonoridade e poesia
Tem os nomes que o índio
Dava pras coisas que via:
Araci, a mãe do dia
Itapecerica, a pedra escorregadia
Uruguai, o rio dos caracóis
Pindamonhangaba, onde são feito os anzóis
A água que brilha, uberaba
Uma roça... capixaba
A estrela d’alva, arumã
O que grita bem alto, jaçanã
A lua cheia, cairé
A aldeia mais importante, taubaté
A liberdade, taiguara
A flor bonita, potiguara
A pedra reluzente, sabará
O espinheiro, marica
O que foi trazido pela luz do céu, jurandi
Coaracy, o sol; a terra boa, ibiacy
O rio das maldades do diabo, anhagabaú
Os bons ares, botucatu
Uma baía do tamanho do mar, guanabara
O refúgio dos fujões, jabaquara
Se o rio é sinuoso, iguatemi
Se corre para baixo, anhembi
Guairá, que não se pode atravessar
Parnaíba, braço que corre para o mar
Velho diabo, anhaguera
A mata cortada, ibirapuera
Morador do mato, cainã
Terra muito dura, butantã
Ah! Meus outros tempos: quixeramobim
Um barulho muito grande, maracatim
Niterói, a água escondida
A alegria, a festa: toriba
Minha mãe, ceci
O Criador, guaraci
Lábios de mel, iracema
Água ruim, ipanema
Quando o sol se põe, graciema
As palavras são quase poemas
Na fabulosa Língua Tupi!

obs: Minha homenagem aos verdadeiros filhos do Brasil:

Lúcia Helena Almeida

luciahalmeida@yahoo.com.br

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